As 5 canções mais emblemáticas do Palavrantiga

O Palavrantiga não acabou, mas a partir de julho oficialmente estará em fase sem Marcos Almeida, responsável direto por canções da banda que ressoa pelo Brasil desde 2008. O site e fan page informam que o trio Lucas Fonseca (bateria), Josias Alexandre (guitarras) e Felipe Vieira (contrabaixo) seguirão no segundo semestre normalmente, com novos projetos. Como se deve lembrar, nenhum deles fazia vocal solo em shows da banda (como acontecia com Juninho Afram, no Oficina G3), o que deixa o espaço aberto para dúvidas: alguém assumirá os microfones?

O *catavento deve trazer mais informações sobre esses novos rumos em breve, mas por enquanto se arrisca a eleger a 5 canções mais emblemáticas da banda em seus 6 anos de jornada. A lista não busca falar dos seus grandes hits, mas especialmente daquelas canções que atingiram o status de hinos para seus fãs.

1. Pensei

Direto do primeiro EP, Palavrantiga – Volume 1, vinha uma canção que rompia com a temporada da adoração extravagante, cheia de expectativas sobrenaturais e de uma curiosa intimidade com Deus. O verso “Pensei que só por meu cantar, tu virias a ser, mas não” respondia diretamente aos mantras cheios de uma pretensão pela “presença de Deus”.

2. Deus, Onde Estás?

Ainda neste clima de cutucadas nas estruturas eclesiásticas brasileiras, “Deus, Onde Estás?” fala sobre uma igreja que deixou as ruas, os invisíveis, os famintos, para levantar as mãos em direção a um Deus centrado apenas em quem está entre as quatro paredes de um templo. Em Recife, na gravação do DVD que nunca foi lançado, Marcos Almeida admitiu que sempre teve extrema dificuldade em cantar esta canção por toda a força do tema.

3. Casa

Se “Pensei” cutuvaca a geração de apaixonados, “Casa” é uma carinhosa espetada no tradicionalismo não só evangélico, mas também católico. Princípio básico dos Evangelhos, a canção nos lembra (em refrão pegajoso e de muito sucesso) que a habitação de Deus são seus filhos e não nos prédios feitos por eles.

4. Rookmaker

Como início da jornada do Palavrantiga de caminhar por novos territórios, a canção marca a chegada da banda em sua fase mais recente. Hans Hookmaker, Keith Green e Rembrandt surgem como referências intelectuais e nomes que provocam um interlocutor novo à banda: o não cristão. Sua presença foi tão marcante na vida da banda que estã em dois discos: “Esperar é Caminhar” e “Sobre o Mesmo Chão”.

5. Sobre O Mesmo Chão

Faixa título do terceiro álbum, marca a fase mais atual da banda. O discurso dos shows, das canções e em entrevistas passou a ser diretamente ligado a falar com quem não compartilha da mesma fé da banda. Processo nada simples, o Palavrantiga ainda propõe ao seu público cristão olhar para o mundo com novo entendimento “Sobre o mesmo chão, bem dentro do mundo, a banda passou e o amor se espalhando ainda está”.

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